XXXVIII
QUAL É A VERDADEIRA?
Conheci uma certa Benedicta que enchia a atmosfera de ideal, cujos olhos difundiam o desejo de grandeza, de beleza, de glória e de tudo o que fazia crer na imortalidade.Mas essa moça miraculosa era bela demais para viver muito tempo, tanto que morreu alguns dias depois que eu a conheci, e fui eu mesmo que a enterrei, um dia em que a primavera agitava seu incensório até dentro dos cemitérios. Fui eu quem a enterrou, bem fechada em um caixão de madeira perfumada e incorruptível como os cofres das Índias.
E como meus olhos estavam fixados no lugar onde estava escondido o meu tesouro, vi, subitamente, uma pessoa pequena que singularmente parecia-se com a defunta e que calcava com os pés a terra fresca, com uma violência histérica e bizarra, dizendo às gargalhadas: “Sou eu a verdadeira Benedicta! Sou eu, uma famosa canalha! E para punição de tua loucura e de tua cegueira, hás de me amar tal como sou!”
Mas eu, furioso, respondi: “Não, não, não!” E para acentuar mais minha repulsa, calquei tão violentamente a terra que minha perna afundou até o joelho na sepultura recente e, como um lobo preso em uma armadilha, permaneço ligado, para sempre talvez, à cova do ideal.
Segui sem querer um link e vim parar aqui por acaso. Foi um prazer.
ResponderExcluirVoltarei com absoluta certeza a este belíssimo blog!
Esteja sempre a vontade.
ExcluirMeu prazer de ter feito esse blog, digitado vírgula por vírgula do livro, se renova ao ver comentário assim!
Perfeição!
ResponderExcluirSans paroles... mais... C'est merveilleux!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirParabéns pelo "blog"!
ResponderExcluirkastamonu
ResponderExcluirordu
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